engrossando as estatísticas do aeroporto de guarulhos e escapando das de vítimas da violência, eu, a quem salvador saúda renovada, ângulos desconhecidos da baía de todos os santos na ladeira da misericórdia, pouco a pouco deixo a cerveja quente me exaltar, na tentativa de superar a letargia diurna do mormaço ardente, manipulado pela rua agora, manuseado sobre as mesas do pós-tudo, arrastado na corrente escuro-cintilante das águas desta terra, 24 horas apalpando a noite, estou exausto, a língua queimada de café; vamos para onde não existem câmeras e bebo pela primeira vez de uma garrafa sem rótulo; é preciso escolher a próxima música; pensamento de bairro e ação centrípeta, sempre um giro exploratório, endereço após endereço

A filha do imperador que
foi morta em Petrolina,
por Wladimir Cazé; folheto de cordel;
Edições K, volume 1, 26 p.,
R$ 2 (com o autor); R$ 5 (pelo correio).
Ilustração: Roney George
Diagramação: Albano M. Ribeiro

