Com as patas para cima,
a barata feminina
sossega, extenuada,
após erótica batalha
com uma barata macha
que de tal jeito abraçou-a,
que quase deixou-a sem ar,
toda machucada.
Ela suspira e relaxa
para recompor as forças,
seu acre suor sobressalta
cheiro de coisa morta.
A barata se mantém deitada,
casca rachada no chão,
aparência podre, exausta,
mero corpo em decomposição.
