quando vim parar neste labirinto, uma das primeiras providências que tomei foi tatuar uma bússola de cristal líquido no pulso esquerdo, que me desse os pólos, que pela agulha me orientasse, rosa-dos-ventos por dentro da pele, do mármore-granito-e-bronze do marco zero decalquei a posição em que meu braço se ajustaria ao desmantelo da mega-aldeia em que morava agora, por ela absorvido, o corpo furando a fumaça de churrasco da praça, errando ao pensar que conseguiria ainda me desvencilhar do olho do furacão, não estivesse eu em diáspora privada, satelitizado entre encruzilhadas, contra as retinas seta após seta indicando as coordenadas, as veias transbordando em ruas, a magnetita de tinta apontando a meus passos o rumo por entre as torres-de-babel, partindo da sé para quatrocentos cantos cardeais a tartaruga-serpente negra guardiã do norte, nos sulcos do metal sobre o pedestal previstas saídas para o rio, as minas gerais