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O 'entre-lugar' do imaginário agrário e urbano da cidade é até hoje referência ambígua em várias narrativas literárias e cinematográficas. O espaço cosmopolita é narrado como plural: diverso e/ou adverso, principalmente ao enfocar personagens 'estrangeiros', como os migrantes nordestinos. Nos enredos aparece a imagem da cidade empreendedora e trágica do 'capitalismo selvagem' (...)
; ao mesmo tempo, é uma imagem que desafia e desafina o discurso trágico com personagens líricos de extremo humanismo, sendo um contra-ponto irracional/racional no sistema capitalista, agenciando nos centros e periferias as forças telúricas e tradicionais da cultura rural dos migrantes (...)" (ps. 19-20)
(Cláudio C. Novaes, "
Uma introdução longa-metragem", in: "
Cinema sertanejo - O sertão no olho do dragão", Edições UEFS/MAC, 2007)