A programação da Bienal está muito mais variada e atraente do que na edição anterior. A seleção dos poetas e cordelistas que participam de recitais (em três sessões diárias, às 18h, 19h10 e 20h20), organizada por José Inácio Vieira de Melo, tem sido um painel significativo da produção poética baiana atual, com representantes dos mais diversos estilos, dicções, tradições, linguagens (e níveis de qualidade também). Do que até agora assisti, o que mais apreciei foi a segurança com que Fabrícia Miranda apresentou seu trabalho, atendo-se à palavra e ao texto e evitando o que poderia facilmente descambar para arroubos emotivos.
Na quarta-feira, 22 de abril, às 20h20, participo de um bate-papo e recital de poesia, na Praça de Cordel e Poesia, acompanhado dos poetas baianos Damário Dacruz e Lita Passos. Pretendo ler trechos dos dois folhetos de cordel citados acima e do meu livro de poemas "Microafetos" (2004, esgotado), além do poema "Os pássaros" (que pertence a meu próximo livro de poesia) e textos de poetas que me influenciaram (João Cabral, Manoel de Barros, Murilo).
Apareçam, leitores-fantasmas deste blog relapso!
pós-escrito em 21 de abril: quero destacar também a poesia de Emmanuel Mirdad (que leu uma amostra de seu trabalho ontem, 20/04, por volta das 18h, na Praça do Cordel e da Poesia): literatura reflexiva, sóbria, impertinente. Mirdad publicou em seu blog todo o seu primeiro livro, "Deserto poema" (que pretende brevemente lançar em papel)