Silva horrida - Guia de cidades

DESCRIÇÃO PRÁTICA E POÉTICA DO TERRITÓRIO OCUPADO

Monday, January 04, 2010

sertão do mundo

O sertão está em toda parte” (p. 24), “o sertão é do tamanho do mundo” (p. 89), “cidade acaba com o sertão. Acaba?” (p. 183), “(...) Sertão sempre. Sertão é isto: o senhor empurra para trás, mas de repente ele volta a rodear o senhor dos lados” (p. 302), “Agora, o mundo quer ficar sem sertão. (...) Se um dia acontecer, o mundo se acaba” (p. 305), “Sertão: é dentro da gente” (p. 325), “Esse sertão: esta terra” (p. 336), “(...) o sertão do mundo” (p. 359), “o sertão é sem lugar”, “Sertão (...) o senhor querendo procurar, nunca não encontra. De repente, por si, quando a gente não espera, o sertão vem” (p. 397), “O sertão é bom. Tudo (...) é perdido, tudo (...) é achado. (...) O sertão é confusão em grande demasiado sossego...” (p. 470), “(...) o mais esse sertão tem de ver, quem mais abre e mais acha!” (p. 471), “O sertão tudo não aceita?” (p. 503), “O sertão aceita todos os nomes (...)” (p. 506), “O sertão não tem janelas nem portas” (p. 511), “(...) sertão são” (p. 514), “o sertão é grande ocultado demais” (p. 521), “o sertão está movimentante todo-tempo (...)” (p. 533), “No sertão tem de tudo” (p. 544), “O senhor faça o que queira ou o que não queira – o senhor toda-a-vida não pode tirar os pés: que há-de estar sempre em cima do sertão” (p. 548), “Sertão velho de idade. (...) o sertão vem e volta. Não adianta se dar as costas. Ele beira aqui, e vai beirar outros lugares, tão distantes. (...) Sertão que se alteia e se abaixa. Mas que as curvas dos campos estendem sempre para mais longe” (p. 558), “(...) longe, longe, até o fim, como o sertão é grande...” (p. 577)

(João Guimarães Rosa, trechos coletados em lenta releitura do “Grande sertão: veredas”, realizada nos dois últimos anos, boa parte da qual a meia voz, na 19ª edição, Nova Fronteira, 2001)