Para Bárbara
VALSA
Um corpo estelar corre
ao encontro de outro corpo,
cavando órbita no espaço oco,
esbarra em obstáculos líticos,
pedaços de planetas extintos,
passa poços de ar viciado,
espaços sem luz, sem vento,
meteoros parados no tempo,
minúsculos farelos lunares,
mas nada impede o avanço certeiro,
através de todo o universo,
do átomo astral imantado a seu parceiro.
O poema acima é dedicado à minha Barberix, que faz aniversário neste sábado, 9 de janeiro. Na próxima quinta-feira será nosso casamento. Com todos esses motivos para comemorar, gostaria de estar ao lado dela esta noite, para sussurrar ao seu ouvido, com uma voz bem caliente e todo meu portuñol: “la poesía es la unión de um hombre y uma mujer para construir con amor y dolor lo que hace falta para vivir” (Jesús Enrique Barrios).