“ (...) ninguém migra impunemente. (...) o abandono da querência sempre custa caro. Na troca de uma terra por outra, perde-se um pouco e ganha-se outro tanto. Parte-se por necessidade econômica, para fugir da seca, do frio ou da fome, para escapar de conflitos ou pressões, renovar as raízes, buscar nova identidade. Nesse processo de avanços e recuos, perdas e ganhos, o que sobra é a própria memória; ou, então, uma cultura.”
(Geraldo Hasse, “Meus caros pais: uma trajetória migrante”, in: “Migração e identidade – Olhares sobre o tema”, coletânea de artigos organizada por Maria Jandyra Cavalcanti Cunha, São Paulo, Centauro Editora, 2007)