Silva horrida - Guia de cidades

DESCRIÇÃO PRÁTICA E POÉTICA DO TERRITÓRIO OCUPADO

Thursday, December 24, 2009

CINCO POEMAS EN ESPAÑOL

Durante o Festipoesia en Cartagena (Colômbia), pude apresentar alguns de meus poemas na versão em espanhol gentilmente preparada por Antonio Carlos de Oliveira Barreto e Paula Ruth, ele brasileiro e ela argentina. O trabalho dos dois foi revisado por mim e contou com valiosas correções do uruguaio Wilson Javier Cardozo e do venezuelano Tomás Rosario Vargas.

(A propósito, encontrei mais um texto sobre o Festipoesia na rede,
"El 13º Festival de poesía tiene una pléyade de invitados de todo el mundo", açucarada matéria do diário cartagenero "El Sol".)

Agora fiquem com meus cinco poemas en español, os quatro primeiros do livro esgotado "Microafetos" (2005) e o quinto, do livro inédito "Macromundo", a ser lançado em 2010. (Para quem se interessar, um último exemplar de "Microafetos" continua à venda no
Sebo do Bac (São Paulo), via Estante Virtual.)


GENERACIÓN

Descansa el incendio
dentro del huevo.
Una fénix en reposo.

Crepúsculo inmaduro.
Pared desnuda.
Paisaje en la paleta.

Raíz probeta.
La planta todavía
está en su pétalo.

Plumas innatas
de ave en su cáscara.
Una flama intacta.


MIGRACIÓN

Serpiente parecida
a una raíz escondida
escoje el trámite.

Sirve de comer tierra,
para no sentir dolor.


GAVIOTA

A pesar de sobrevolar
avenidas y playas
de varias ciudades,
atravesar valles
situados lejos
y sólo volver al mar a la noche,
la gaviota payasa
apenas avista mapas.


MUJER SOBRE LA TIERRA

La mujer bajo el prisma
de la jaula de flores
no canturrea fugas.

A pesar de tener plumas
no tiene alas, sus dedos
dispiensan miedos.

Pero su rostro se colorea,
esfera encendida:
dejar de estar presa.

Sentada en su silla
que ahora gana ruedas,
el sol le abre las puertas.


MADRE NATURALEZA VIVA

La Madre Naturaleza Viva
pasa, pájara de agua,
por dentro de olas de fuego,
llevando su pequeño
(en el capullo bajo sus alas)
para el nido y el reposo.

Valiente, el ave defiende
de las amenazas del mundo
al recién nacido.
Frutas extrae de su cabello
para servirlo de sustento.
Por la noche, vela por su sueño.

Cuando el planeta amanece
al infante ella le ofrece
interestelar alimento.


Poemas de Wladimir Cazé
Versión en español por Antonio Carlos de Oliveira Barreto y Paula Ruth

Wednesday, December 23, 2009

fragmento de um moleskine surrado

22.12.2009. Andei como um nômade indômito por uma urbe obscura, sem memória das outras urbes onde recentemente estivera, sem vínculo com lugar algum – os aeroportos quase meus lares –, num vaivém até confins a explorar novas paragens. Foram semanas levitando ao sabor do acaso, de hotel em hotel, conduzido até onde me levava o vento, tentando deter o pensamento em algum traço no papel – em vão –; minhas emoções não se exteriorizavam, um turbilhão sensorial desprovido de foco preciso; meu olhar resvalava sobre a superfície das coisas, fotografava-as sem captar sua estrutura íntima, imerso na voragem consumista que tudo nivela e anestesia. Nada me destravava as sinapses, embora o atropelo de acontecimentos me sacudisse a percepção. Mas enfim pude me instalar na ponta continental da pequena capital-ilha-aterros, desinteressado em viajar para fora dali por vários meses a fio, necessitado de recobrar fixidez.

Sunday, December 06, 2009

Poetas del mundo en Cartagena

El brasileño Vladimir Cazé dice que existe un estereotipo con su país relacionado con la música, la danza y el universo afroamericano, pero confiesa que hay caracteres diferenciales en el mismo país, una introspección y una búsqueda interior que se refleja también en el quehacer poético.

O jornalista e escritor Gustavo Tatis, do “El Universal” (Cartagena de Indias, Colombia), publicou a matéria
“Poetas del mundo en Cartagena”, sobre o festival de poesia que chegou ao fim ontem (clique no link para ler). Agora me preparo para a segunda etapa da viagem, mais curta, em Bogotá. Depois pretendo escrever detalhadamente sobre Cartagena e o festival. Abaixo, foto dos poetas participantes publicada por “El Universal” (com o Castillo de San Filipo de Barajas ao fundo):