(Cláudio C. Novaes, "Uma introdução longa-metragem", in: "Cinema sertanejo - O sertão no olho do dragão", Edições UEFS/MAC, 2007)
Tuesday, May 27, 2008
(Cláudio C. Novaes, "Uma introdução longa-metragem", in: "Cinema sertanejo - O sertão no olho do dragão", Edições UEFS/MAC, 2007)
"(...) cada sertanejo assumia para si o enfrentamento da miséria secular: em vez de se travar na região um confronto com os poderosos, a migração transplantou para o Sul (...) a luta de classes. O sertanejo, agora como operário e participante da sociedade de massas, passava a ser um agente da História - com todas as limitações oriundas do populismo - no pólo mais dinâmico da economia capitalista brasileira" (p. 176)
(Marco Antonio Villa, "Vida e morte no sertão - História das secas no Nordeste nos séculos XIX e XX")
"Vida e morte no sertão - História das secas no Nordeste nos séculos XIX e XX", de Marco Antonio Villa (Ed. Ática, 2000, 274 páginas) reconstitui décadas e décadas de agruras do povo, descaso dos governos, saques, doenças e migrações coletivas, numa reincidência que induz o historiador a constatar, ao término de sua narrativa (no ponto em que começa a gestão Figueredo): "Os fatores de conservação transformaram o semi-árido em uma região aparentemente sem História, dada a permanência e imutabilidade dos problemas. Como se com o decorrer das décadas nada tivesse se alterado e o presente fosse um eterno passado" (p. 252).
Friday, May 23, 2008
Wednesday, May 07, 2008
MÃE NATUREZA VIVA
passa, pássara de água,
por entre ondas de fogo,
carregando seu caçula
(no casulo sob as asas)
para o ninho e o repouso.
Valente, a ave defende
das ameaças do mundo
o pequenino rebento.
Frutas extrai dos cabelos
para servir de sustento.
À noite, vela-lhe o sono.
Quando o planeta amanhece,
ao infante ela oferece
interestelar alimento.
Wladimir Cazé © 2008
Acrílico sobre tela: Ery Cruz